quinta-feira, abril 06, 2006

341) Continuando o debate sobre profissionalização nas RI...

Recebi, da professora Rosa Maria, de Santa Catarina, a seguinte mensagem a respeito de minha "frase infeliz" sobre a (in)utilidade relativa dos cursos de RI:

"Caríssimo e ilustríssimo prof. Paulo Roberto (PRA: isso é exagero dela...)
Cumprimentando-o muito cordialmente, aproveito este espaço para "meter minha colher" neste assunto que espero, não lhe ocupe por mais tempo.
A frase, que o sr. denomina de infeliz, pode receber esta denominação, sim - já que foi a mesma pessoa que a proferiu e que fez os devidos esclarecimentos - serve para mais um alerta.
Tenho participado desde o 1º ENEPRI, em Ribeirão Preto 2003, e todos constatam o "boom" dos cursos de RI pelo Brasil afora. Inclusive o prof. Clóvis Brigagão realizou um estudo a este respeito e dois livros foram editados, inclusive com prefácio ou apresentação (desculpe-me não recordo) feita pelo sr., onde ele disponibiliza os cursos existentes até então.
Como o Pablo colocou muito bem, os espaços disponíveis para o fortalecimento da área, servem muitas vezes para fomentar discussões e pavonices deste ou aquele curso, sem maiores aprofundamentos. Cansamos de discutir sobre a qualidade dos cursos, o perfil tanto dos acadêmicos como dos egressos, que profissional queremos formar e patati-patatá, porém há uma realidade aqui fora, que tantos os "internacionalistas" como outros profissionais egressos de outros tantos cursos universitários terão que enfrentar muito bem instrumentalizados.
Aproveito o espaço para disponibilizar-lhe alguns dados obtidos no curso de RI da Unisul do campus da Pedra Branca. Todos os alunos que atualmente estão se formando trabalham na área desde a 5ª fase. Dos que estão na 8ª fase, 90% trabalham na área. Creio que é um dado insignificante no total de cursos, mas para nós aqui é um dado importantíssimo.
Méritos do curso? da formação? Acredito que um pouco sim, mas (como qualquer outro profissional) se não se dedicarem e procurarem complementar a formação, qualquer egresso de outros cursos tbém poderão, digamos assim, padecer do mesmo mal... Não encontrar colocação na área, ficar sub-empregado, em desvio de função, entre outros.
Como educadora, sou movida a esperança. Ainda acredito que estudar, profissionalizar-se, ser mto bom no que faz, é o melhor caminho. Veja pelo sr... Acredito que chegou onde está e pretende ir mais além por seu prórpio mérito, capacitação, estudos, vontade e uma boa parcela de sacrifícios...
No mais, acredito que por todo que o sr. faz, produz e luta pela área, não vai ser por causa de um infeliz comentário que deixará de ser o que e quem é ou será menos respeitado.
Deixo-lhe um grande abraço com minha admiração
Atenciosamente
Profª Rosa Beatriz Madruga Pinheiro
Mestre em Relações Internacionais (empregada na área!)"

Voilà, este espaço continua aberto para novas manifestações...

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Prof. Paulo,

Interessante o depoimento e os dados da Profa. Rosa sobre a realidade dos egressos da UNISUL. Interessantes e significativos!

Porém, o que mais me chamou a atenção, e gostaria de parabenizá-la , foi a frase: "Como educadora, sou movida pela esperança". No entanto, esperança por si só não representa muita coisa. A esperança unida a um forte sentimento de inconformismo e boa dose de vontade, competência e garra, fazem toda a diferença: transformam a realidade!

Continuemos debatendo sobre educação, sobre educação em Relações Internacionais, e, principalmente, sobre as mudanças necessárias que urgem por mudanças, mesmo que lentas. Mudar sempre, conformar-se com a realidade nunca, mesmo que ela seja aparentemente muito boa.

Os “testes” continuam! Mas, pergunto a quem puder responder, “testar” é de todo ruim?

Saudações!

Vivian Cristina Müller.

sexta-feira, abril 07, 2006 8:32:00 AM  

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