427) Minha homenagem a um amigo dos livros
Agência Estado, 17 de maio de 2006 - 20:47
José Mindlin doa coleção de livros raros para a USP
A Biblioteca Brasiliana, com mais de 25 mil volumes foi doada para o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) e ficará na Biblioteca Mindlin em construção na Cidade Universitária
Emílio Sant’anna
Milton Marsilha/AE
José Mindlin
SÃO PAULO - Em cerimônia realizada ontem na reitoria da Universidade de São Paulo (USP), o empresário e bibliófilo José Mindlin, de 91 anos, doou sua Biblioteca Brasiliana, com mais de 25 mil volumes, para o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB).
A coleção ficará abrigada na Biblioteca Mindlin, no futuro prédio do instituto na Cidade Universitária. O projeto da nova sede deve ser concluído em 2009. Ele prevê a criação de um curso superior de restauração de livros e a completa digitalização da biblioteca. “Não existe no mundo universidade com uma coleção como essa”, diz Istvan Jancso, diretor do instituto. “É um patrimônio nacional intangível. Universidades estrangeiras ofereceram uma grande quantia, mas ele recusou.”
A biblioteca de Mindlin é resultado de 80 anos de trabalho e paixão pela literatura. “Aos 13 anos ganhei um exemplar da História do Brasil, de Frei Vicente do Salvador, então passei a colecionar os livros sem a intenção de formar uma biblioteca”, conta o empresário.
Entre livros, revistas, documentos, jornais e periódicos, a postura despretensiosa de Mindlin resultou em uma coleção, constantemente atualizada, com mais de 50 mil volumes. Dois galpões no jardim de sua casa abrigam a biblioteca.
Clássicos da literatura brasileira, história, geografia
A doação feita à USP compreende os clássicos da literatura brasileira, história, geografia e história natural. Inclui também exemplares raros, como a primeira edição de O Guarani, de José de Alencar (com apenas dois exemplares conhecidos), A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, a revisão de Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa, obras do século 17 de viajantes europeus ao Brasil e livros da época da invasão holandesa ao Recife.
Grande parte dos livros da biblioteca de Mindlin foi adquirida em antiquários de países como Inglaterra, Portugal, França e Estados Unidos. “Encontrei muita coisa em minhas viagens”, conta. “A garimpagem de livros sempre foi uma das minhas ocupações.”
“É uma coleção indivisível”, diz Mindlin. “Doei para a USP para garantir a perenidade dessa biblioteca que deve ser viva.”
José Mindlin doa coleção de livros raros para a USP
A Biblioteca Brasiliana, com mais de 25 mil volumes foi doada para o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) e ficará na Biblioteca Mindlin em construção na Cidade Universitária
Emílio Sant’anna
Milton Marsilha/AE
José Mindlin
SÃO PAULO - Em cerimônia realizada ontem na reitoria da Universidade de São Paulo (USP), o empresário e bibliófilo José Mindlin, de 91 anos, doou sua Biblioteca Brasiliana, com mais de 25 mil volumes, para o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB).
A coleção ficará abrigada na Biblioteca Mindlin, no futuro prédio do instituto na Cidade Universitária. O projeto da nova sede deve ser concluído em 2009. Ele prevê a criação de um curso superior de restauração de livros e a completa digitalização da biblioteca. “Não existe no mundo universidade com uma coleção como essa”, diz Istvan Jancso, diretor do instituto. “É um patrimônio nacional intangível. Universidades estrangeiras ofereceram uma grande quantia, mas ele recusou.”
A biblioteca de Mindlin é resultado de 80 anos de trabalho e paixão pela literatura. “Aos 13 anos ganhei um exemplar da História do Brasil, de Frei Vicente do Salvador, então passei a colecionar os livros sem a intenção de formar uma biblioteca”, conta o empresário.
Entre livros, revistas, documentos, jornais e periódicos, a postura despretensiosa de Mindlin resultou em uma coleção, constantemente atualizada, com mais de 50 mil volumes. Dois galpões no jardim de sua casa abrigam a biblioteca.
Clássicos da literatura brasileira, história, geografia
A doação feita à USP compreende os clássicos da literatura brasileira, história, geografia e história natural. Inclui também exemplares raros, como a primeira edição de O Guarani, de José de Alencar (com apenas dois exemplares conhecidos), A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, a revisão de Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa, obras do século 17 de viajantes europeus ao Brasil e livros da época da invasão holandesa ao Recife.
Grande parte dos livros da biblioteca de Mindlin foi adquirida em antiquários de países como Inglaterra, Portugal, França e Estados Unidos. “Encontrei muita coisa em minhas viagens”, conta. “A garimpagem de livros sempre foi uma das minhas ocupações.”
“É uma coleção indivisível”, diz Mindlin. “Doei para a USP para garantir a perenidade dessa biblioteca que deve ser viva.”
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