409) Debate no iFHC sobre Política externa (10/05/2006)
Resumo de um debate sobre a política externa brasileira, realizado no iFHC (Instituto Fernando Henrique Cardosos, SP), em 10 de maio de 2006, tal como feito por um ativo e muito atento assistente.
Participantes: Presidido pelo próprio, presentes diversos políticos do PSDB, a começar pelo candidato oficial a presidente Geraldo Alckmin.
Falaram: FHC, Rubens Antonio Barbosa, Marcelo de Paiva de Abreu, Sérgio Amaral (oradores principais) e, também, Luiz Carlos Bresser Pereira, Andrea Calabi, Celso Lafer, Philippe Reichstuhl, Norman Gall.
Tom das diversas exposições: Todos com postura assaz crítica, oferecendo explìcitamente ao candidato sugestões para a sua política externa.
Pontos principais: a prioridade é o Mercosul, que está desmoronando por completo e deve ser revitalizado (a FIESP montou um grupo de trabalho para fazer recomendações); perdemos a liderança regional, que tìnhamos tàcitamente, e que, ao ser alardeada pelo Lula, se esboroou por completo; a busca de um assento no CS custou caríssimo, em termos diplomáticos, mas não deu em nada, nem vai dar; China e Índia NÃO são parceiros estratégicos do Brasil, e sim rivais; não quisemos a ALCA, agora é tarde, e os EE.UU. a conseguiram de fato, isolando o Mercosul; será preciso negociar um acordo de preferências comerciais Brasil-EE.UU.; precisamos cultivar o Chile e o México, em contraposição à Argentina (que formou um eixo com o Chávez, em vez do tradicional Bs. Aires-Brasília, e passou a constituir um perigo); é necessário implementar e fortalecer o Tratado de Cooperação Amazônica; fomos suplantados na região pelo Chávez, demagogo populista mas ator protagônico que, apesar do esfacelamento interno da Venezuela, tem conseguido traçar um novo tratado de Tordesilhas na América Latina, entre a esquerda pragmática e a populista; perigo à vista, Chávez está comprando armamentos como nunca se viu na região; a nossa atuação no caso da Bolívia tem sido por demais lamentável, e dispensa comentários (não houve uma só pessoa que acreditasse na explicação dada ao Senado pelo Celso Amorim, quando disse que o Lula sim falou grosso com o Morales e o Chávez, tanto assim que não houve qualquer reação de parte dêles ao que teria sido dito); embora tenha sido positivo o G-20, as nossas negociações comerciais têm sido politizadas e inexpressivas, inclusive -- disse o Lafer -- devido à desestruturação interna do MRE; falou-se muito pouco da Europa, pouquíssimo da África, nada da Ásia (salvo pela referência à China), e nada da zona Pacífico-Oceania.
Autor do resumo: um atento participante.
Participantes: Presidido pelo próprio, presentes diversos políticos do PSDB, a começar pelo candidato oficial a presidente Geraldo Alckmin.
Falaram: FHC, Rubens Antonio Barbosa, Marcelo de Paiva de Abreu, Sérgio Amaral (oradores principais) e, também, Luiz Carlos Bresser Pereira, Andrea Calabi, Celso Lafer, Philippe Reichstuhl, Norman Gall.
Tom das diversas exposições: Todos com postura assaz crítica, oferecendo explìcitamente ao candidato sugestões para a sua política externa.
Pontos principais: a prioridade é o Mercosul, que está desmoronando por completo e deve ser revitalizado (a FIESP montou um grupo de trabalho para fazer recomendações); perdemos a liderança regional, que tìnhamos tàcitamente, e que, ao ser alardeada pelo Lula, se esboroou por completo; a busca de um assento no CS custou caríssimo, em termos diplomáticos, mas não deu em nada, nem vai dar; China e Índia NÃO são parceiros estratégicos do Brasil, e sim rivais; não quisemos a ALCA, agora é tarde, e os EE.UU. a conseguiram de fato, isolando o Mercosul; será preciso negociar um acordo de preferências comerciais Brasil-EE.UU.; precisamos cultivar o Chile e o México, em contraposição à Argentina (que formou um eixo com o Chávez, em vez do tradicional Bs. Aires-Brasília, e passou a constituir um perigo); é necessário implementar e fortalecer o Tratado de Cooperação Amazônica; fomos suplantados na região pelo Chávez, demagogo populista mas ator protagônico que, apesar do esfacelamento interno da Venezuela, tem conseguido traçar um novo tratado de Tordesilhas na América Latina, entre a esquerda pragmática e a populista; perigo à vista, Chávez está comprando armamentos como nunca se viu na região; a nossa atuação no caso da Bolívia tem sido por demais lamentável, e dispensa comentários (não houve uma só pessoa que acreditasse na explicação dada ao Senado pelo Celso Amorim, quando disse que o Lula sim falou grosso com o Morales e o Chávez, tanto assim que não houve qualquer reação de parte dêles ao que teria sido dito); embora tenha sido positivo o G-20, as nossas negociações comerciais têm sido politizadas e inexpressivas, inclusive -- disse o Lafer -- devido à desestruturação interna do MRE; falou-se muito pouco da Europa, pouquíssimo da África, nada da Ásia (salvo pela referência à China), e nada da zona Pacífico-Oceania.
Autor do resumo: um atento participante.
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